terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Jack, O Estripador: A Verdadeira História, 120 anos depois



Embora o tenha encontrado na sessão de biografias, este livro não se trata diretamente de uma biografia, uma vez que a identidade de Jack, O Estripador nunca fora revelada ou descoberta, por mais que as pessoas venham a se deparar com livros do tipo “Caso Encerrado” ou “Mistério Desvendado”. No entanto, talvez pelos fatos e teorias terem sido demasiadamente pesquisados e analisados envolta do personagem, haja vista, tantos traços psicológicos e físicos elaborados, estudados e associados ao estripador, através de depoimentos de testemunhas da época, talvez Jack, O Estripador seja o desconhecido mais conhecido de todos os tempos, assim sendo, cabendo o possível rótulo de “Biografia”, que prefiro chamar de simplesmente um excelente estudo sobre o assunto.

 Deixando o rótulo e significado das palavras de lado, esta arte de Paulo Schmidt traduz-se em uma cuidadosa análise das evidências, teorias, suspeitos, e aspectos econômicos e sociais da época e do lugar - Londres, Whitechapel, East End, entre os anos de 1888 e 1891 -, e dos principais personagens envolvidos no Outono do Terror.

Na verdade, o sistema de investigação da polícia na época era tão rudimentar, que qualquer morador da East End poderia ser um potencial suspeito para os crimes bárbaros que acometeram Elizabeth Stride, Annie Chapman, ou mesmo a pobre Mary Jane Kelly, esta última, vítima dos assassinatos mais atrozes de todos os tempos. Obviamente que existem muitos suspeitos com grande credibilidade para assumir o posto de Jack. Mas em determinados momentos, quando a teoria e os fatos são sobrepostos, acabam havendo algumas divergências ou descompassos com a cronologia dos assassinatos, se comparado onde os suspeitos se encontravam naquele momento. Daí a dificuldade de atribuir a identidade de Jack a alguém específico. Com base nas deduções, existem teorias de participação de duas pessoas nos assassinatos, o fato de Jack ser uma mulher, e por aí vai. Existem acusações ridículas, simplesmente inventadas, segundo o autor, e até mesmo personagens possivelmente inventados. Nem o pobre Homem-Elefante Joseph Merrick ficou livre de acusações.

Com os estudos e suposições de estripadologistas, e conclusões geradas sobre a arma usada nos crimes, a posição dos cortes, e conhecimentos básicos de anatomia para estripar as vítimas, conclui-se que qualquer um que fizesse medicina poderia ser um suspeito. Portanto tamanha era a incapacidade dos investigadores em delimitar um número menor de suspeitos. Nem mesmo os açougueiros ficaram de fora. Se a polícia não conseguia ser eficiente nas investigações, quem dirá a população para com uma ajuda eficiente, que se aproveitavam da situação para escrever cartas falsas auto intitulando ser Jack, O Estripador, sem contar os jornais sensacionalistas que alimentavam o pandemônio de fofocas com qualquer teoria de um suspeito qualquer.

Nesta obra de Paulo Schmidt, talvez o capítulo que mais esboce todos os esforços do autor, são as análises dos principais suspeitos com base em obras escritas ao longo dos anos – cada uma delas acusando um personagem, na tentativa de gerar uma conclusão -, e posteriormente uma análise técnica de pontos a favor e contra de cada teoria.

É possível que o mistério estarrecedor nunca venha a ser relevado. Trata-se de uma obra que vale muito a pena ser apreciada, fazendo o leitor indagar-se da polícia e do sistema fracassado da época em capturar Jack; e talvez neste ponto, os assassinatos cometidos por Jack tenham sido importantes, despertando a criação e/ou desenvolvimento da Polícia Forense, e focando no crescimento da tecnologia neste sentido. 

4 comentários:

  1. Baixar o Documentário - Jack, o Estripador - Dublado - http://goo.gl/D1BCf

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  2. Voce recomenda a leitura ?

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  3. na minha opinião jack estripador foi franicis tumblety!!!

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  4. pau no cù de quem matou essas prostitutas

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