Embora o tenha encontrado na sessão de
biografias, este livro não se trata diretamente de uma biografia, uma vez que a
identidade de Jack, O Estripador nunca fora revelada ou descoberta, por mais
que as pessoas venham a se deparar com livros do tipo “Caso Encerrado” ou
“Mistério Desvendado”. No entanto, talvez pelos fatos e teorias terem sido
demasiadamente pesquisados e analisados envolta do personagem, haja vista, tantos
traços psicológicos e físicos elaborados, estudados e associados ao estripador,
através de depoimentos de testemunhas da época, talvez Jack, O Estripador seja
o desconhecido mais conhecido de todos os tempos, assim sendo, cabendo o
possível rótulo de “Biografia”, que prefiro chamar de simplesmente um excelente
estudo sobre o assunto.
Deixando o rótulo e significado das palavras
de lado, esta arte de Paulo Schmidt traduz-se em uma cuidadosa análise das
evidências, teorias, suspeitos, e aspectos econômicos e sociais da época e do
lugar - Londres, Whitechapel, East End, entre os anos de 1888 e 1891 -, e dos
principais personagens envolvidos no Outono do Terror.
Na verdade, o sistema de investigação da
polícia na época era tão rudimentar, que qualquer morador da East End poderia
ser um potencial suspeito para os crimes bárbaros que acometeram Elizabeth Stride, Annie Chapman, ou mesmo a
pobre Mary Jane Kelly, esta última, vítima dos assassinatos mais atrozes de
todos os tempos. Obviamente que existem muitos suspeitos com grande credibilidade
para assumir o posto de Jack. Mas em determinados momentos, quando a teoria e
os fatos são sobrepostos, acabam havendo algumas divergências ou descompassos
com a cronologia dos assassinatos, se comparado onde os suspeitos se
encontravam naquele momento. Daí a dificuldade de atribuir a identidade de Jack
a alguém específico. Com base nas deduções, existem teorias de participação de
duas pessoas nos assassinatos, o fato de Jack ser uma mulher, e por aí vai. Existem
acusações ridículas, simplesmente inventadas, segundo o autor, e até mesmo
personagens possivelmente inventados. Nem o pobre Homem-Elefante Joseph Merrick ficou livre de acusações.
Com os estudos e suposições de
estripadologistas, e conclusões geradas sobre a arma usada nos crimes, a
posição dos cortes, e conhecimentos básicos de anatomia para estripar as
vítimas, conclui-se que qualquer um que fizesse medicina poderia ser um
suspeito. Portanto tamanha era a incapacidade dos investigadores em delimitar
um número menor de suspeitos. Nem mesmo os açougueiros ficaram de fora. Se a
polícia não conseguia ser eficiente nas investigações, quem dirá a população
para com uma ajuda eficiente, que se aproveitavam da situação para escrever
cartas falsas auto intitulando ser Jack, O Estripador, sem contar os jornais
sensacionalistas que alimentavam o pandemônio de fofocas com qualquer teoria de
um suspeito qualquer.
Nesta obra de Paulo Schmidt, talvez o
capítulo que mais esboce todos os esforços do autor, são as análises dos
principais suspeitos com base em obras escritas ao longo dos anos – cada uma
delas acusando um personagem, na tentativa de gerar uma conclusão -, e
posteriormente uma análise técnica de pontos a favor e contra de cada teoria.
É possível que o mistério estarrecedor nunca venha a ser relevado. Trata-se de uma obra que
vale muito a pena ser apreciada, fazendo o leitor indagar-se da polícia e do
sistema fracassado da época em capturar Jack; e talvez neste ponto, os
assassinatos cometidos por Jack tenham sido importantes, despertando a criação
e/ou desenvolvimento da Polícia
Forense, e focando no crescimento da tecnologia neste sentido.
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ResponderExcluirVoce recomenda a leitura ?
ResponderExcluirna minha opinião jack estripador foi franicis tumblety!!!
ResponderExcluirpau no cù de quem matou essas prostitutas
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