sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Entrevista: Incinerador


Polêmico Rock - Fala pessoal! É um grande prazer entrevistar uma banda de Death Metal do underground brasileiro! Conte-me um pouco da história do Incinerador.
Marconi - A banda foi formada no primeiro semestre de 2004, eram cinco caras tendo duas guitarras, sendo que o guitarrista base saiu antes da banda completar seu primeiro ano. Seguimos com uma guitarra na banda, e em janeiro de 2007, gravamos o CD demo “Exterminando os Ciclos da Hipocrisia”, com cinco sons. A distribuição foi feita em parceria com a Anaites Rec. Esse CD foi lançado em tape por um selo de Portugal chamado Herege Warfare Prod. Contendo um bônus ao vivo da música ‘Estrangulamento’ essa música irá entrar em nosso terceiro trabalho quando gravarmos em estúdio. Participamos de varias coletâneas na divulgação deste CD “Exterminando os Ciclos da Hipocrisia”. No final de 2007, sai nosso vocal devido a problemas pessoais e internos, relacionados à banda, logo em seguida é substituído, esse segundo vocal que entrou não chegou a gravar nenhum trabalho com a banda tendo que se retirar em novembro de 2008, devido a problemas internos. Frente a essa situação, decidimos manter a formação em trio. Domingos então assume os vocais, tornando-se (guitarra/vocal), completando a formação Iagê (bateria), e Marconi no (baixo) ficando apenas o núcleo criativo da banda. Com essa formação gravamos o promo CD ‘Enterrado Vivo’ entre novembro/dezembro de 2010. No momento estamos em fase de divulgação deste promo CD, e compondo novos sons para o próximo ataque.
Polêmico Rock - O Incinerador se baseia em um Death Metal bem Old School, mais parecido com o Napalm Death na época do "Harmony Corruption", ou com o Cannibal Corpse na época do "Eaten Back To Life". Esta é apenas uma referência, entenda como um elogio. Mas enfim, me conte um pouco de suas influências. Esta foi à proposta do Incinerador desde o começo?
Marconi - Obrigado pelo elogio, estas bandas que citou são uma grande influência pra nossa banda! Essa sempre foi nossa proposta, fazer um som agressivo, pesado e com mudanças de andamento alternando brutalidade com levadas cadenciadas resultando em um Death Metal tradicional. Nossas influências são varias, curtimos Rock’n roll, Heavy Metal, Thrash, Death, Black Metal. Então, desde o começo da banda estamos mantendo nossa proposta e procurando evoluir sem perder nossas raízes.
Polêmico Rock - Vocês possuem somente músicas em português. Por quê? Algum tipo de protesto, ou porque simplesmente gostam?
Marconi - Simplesmente porque curtimos vomitar em português, não temos problema nenhum de compor em inglês, mas essa decisão em vomitar em português foi natural da banda, desde o inicio, além de ser nosso idioma, não é fácil compor metal em português, tem que ter bastante cuidado nas frases e encaixes, então, acredito que conseguimos fazer bem feito nosso som blasfemando em nosso idioma.
Polêmico Rock - Como têm andado os shows? Como os Headbangers têm recebido o som de vocês?
Marconi - Temos tocado em alguns shows aqui na cidade, e a recepção dos Headbangers tem sido muito foda! Temos recebido bastantes elogios, e os maníacos tem apoiado bastante os shows, até agora todas as resenhas que temos recebido de sites, blogs e zines tem sido muito positiva! Agradecemos a todos que estão nos apoiando!!!
Polêmico Rock - Você me disse a pouco tempo que o “Enterrado Vivo” não era exatamente um álbum oficial. Então, quando vocês planejam lançar um oficial? Isso depende de dinheiro e consequentemente outras dificuldades encontradas para lançar um álbum no atual cenário musical?
Marconi - Isso mesmo, trata-se de um CD promo com 10 sons, e feito com bastante cuidado, poderia ser nosso álbum oficial, mais devido às dificuldades, lançamos da forma que cabe em nosso bolso. Pretendemos lançar um CD oficial logo que algum selo interessado aparecer para juntar força conosco, músicas novas já temos e pretendemos gravar em breve.
Polêmico Rock - Aproveitando o gancho da pergunta acima, independente de estarem lançando um álbum oficial ou não, a questão é que vocês conseguem, de certa forma, colocar as músicas de vocês no mercado, de uma forma ou de outra. Acho que isso é o mais importante, concorda?
Marconi - Sim, concordo! O lance é não ficar guardado na gaveta, vamos continuar dessa forma independente e independentemente de ser um lançamento oficial ou não, queremos que os metal maniacs escute nosso som, seja pelo CD físico ou não, mais acredito que a galera que compra o CD de uma banda ele vai apoiar verdadeiramente a cena.
Polêmico Rock - Como funciona o processo de composição das músicas do Incinerador?
Marconi - Geralmente já chegamos com uma estrutura basicamente pronta ou uma idéia completa, e nos ensaios vamos trabalhando até deixar da forma que queremos. No final todos dão opinião, fazendo com que o processo de criação fique mais objetivo, dessa forma procuramos fazer com que as músicas saiam com uma identidade própria. Ou seja, perverso, maligno e destruidor!
Polêmico Rock - E a inspiração para as letras? Vocês possuem umas letras bem no estilo “Gore”. De onde surgem as idéias?
Marconi - A inspiração vem de tudo que vemos e vivemos nesse mundo caótico, as idéias são pensamentos de mentes malignas, perturbadoras (risos). Hoje todos estão escrevendo e isso faz com que tenhamos um vasto campo de temas perversos para explorar, temos algumas letras com essa pegada, músicas como ‘Vomitando Vermes Vivos’ e ‘Atazanar, repudiar e odiar’ tem bastante esse cheiro podre! Curtimos esse estilo, mais não somos uma banda de Deathgore, apenas inserimos esse tema em algumas músicas sem fugir do contexto.
Polêmico Rock - Nas canções do Incinerador, existem vozes sobrepostas gravadas. Existe um back vocal na banda, ou as gravações são feitas por cima por uma única pessoa? Como admirador de Death Metal, eu aprecio muito este estilo, de voz gutural e rasgada ao mesmo tempo, estilo o qual chegou no mercado através de bandas como Carcass e Deicide.
Marconi - Foi gravado sobreposto pelo Domingos nosso guitarra/vocal. Mais ultimamente nosso batera Iagê vem treinando nos ensaios os backings agudos, e já fizemos show com ele fazendo backings, e ta ficando legal, bem podreira! Gostamos de alternar graves e agudos, sempre fizemos isso, essas bandas que citou são grandes exemplos de bandas que usam essas vocalizações.
Polêmico Rock - Vocês encontram muita dificuldade na atual cena brasileira para divulgar o som de vocês, e para conseguirem apoio?
Marconi - As dificuldades existem, ainda mais para uma banda do underground, mas divulgamos na medida do possível e procuramos divulgar paras as pessoas certas, já que isso é feito pela banda. Não precisamos divulgar nosso som para pessoas que não sinta no sangue esse estilo, apenas os verdadeiros Headbangers nos interessa! E dessa forma nosso som vai envenenando os maníacos do Underground.
Polêmico Rock - Deixe alguma mensagem para os fãs do Incinerador, ou algum contato, caso queira.
Marconi - Agradeço a todos os malignos Headbangers, maníacos infernais que nos apóiam nesta guerra! E quem tiver interesse em adquirir nosso CD promo ‘ Enterrado Vivo’ é só entrar em contato: marconi_arcano@hotmail.com ou com o selo Luxferre Prod.
Polêmico Rock - Fico imensamente agradecido de poder entrevistar o Incinerador, e espero ter a oportunidade de vê-los ao vivo, e ver esta banda crescer dentro do cenário.
Marconi - Gostaria de agradecer a você Plínio, pela entrevista, e o apoio que você esta nos dando, será uma honra poder destruir os palcos por ai, valeu mesmo! Mantenham a chama acesa !!!


Incinerador - MySpace

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