Polêmico Rock - Horns! É um prazer enorme ter vocês aqui em minhas páginas. Então, me conte um pouco sobre a história e objetivo da banda.
Diego - O Angry nasceu em 2009 com a entrada do Alex, mas o projeto da banda nasceu antes, em 2007. Eu tinha uma banda chama Triphase e após o término da banda, comecei a procurar músicos para formar uma banda, quando em um site de classificados de músicos, me deparei com o perfil do Ricardo, que é nosso baterista, depois do primeiro contato, descobrimos que morávamos na mesma cidade. Depois de um tempo a procura de guitarristas, me lembrei que conhecia um excelente guitarrista, que é o Alex, entrei em contato com ele e assim formamos o Angry. Nosso objetivo é crescermos como banda, fazer turnês pelo nosso país e para o exterior também e conseguir o respeito do nosso público, esperamos que eles gostem do que estamos produzindo, além de curtir nossos shows.
Polêmico Rock - Vocês executam um Thrash bem, digamos, raíz, como aqueles da velha escola, por exemplo, o Kreator e Nuclear Assault. Quais elementos e bandas o influenciaram?
Diego - Realmente temos bastante influência da velha escola do Thrash Metal, acho que os elementos que mais curtimos na minha opinião e acho que todo mundo curte, são riffs chamativos, aqueles que, por si só, dá vontade de agitar, além disso tentamos colocar nas nossas músicas a nossa identidade, sabemos que o Thrash Metal é um estilo que o pessoal diz que é limitado e carregamos as influências das bandas que curtimos, mas antes de tudo, queremos ter nossa identidade no nosso som, como se o cara que escutasse nossa música, já de cara identifique que é o Angry. As bandas que nos influenciam são Slayer, Coroner, Forbidden, Metallica, Megadeth, Testament, Kreator, Death Angel, Sepultura, Anthares, Destruction, Vio-lence, Razor e também bandas que não são Thrash como Rush, Racer X, Judas Priest e Dream Theater.
Polêmico Rock - Como tem sido a aceitação da banda e do EP até então?
Diego - A aceitação da banda está sendo excelente, estamos ganhando destaques em todos os cantos do país, assim como no exterior, inclusive algumas gravadoras nos procuraram, interessadas em trabalhar com nós, gravadoras nacionais e internacionais, o que é excelente e ficamos muito contentes por isso. Fora isso o público está sendo excepcional também, nos apóiam e sempre conversam com nós através das redes sociais. Mas tudo isso, em grande parte devemos ao nosso EP, que superou todas nossas expectativas, ganhando reconhecimento no cenário metal, onde estamos recebendo críticas e resenhas bastante legais sobre ele. Na parte de venda, já batemos a casa das 600 cópias vendidas e ainda foi escolhido por você, como um dos 10 melhores EP’s de 2011, o que para nós é uma honra, nunca imaginávamos que o EP teria essa repercussão, foi além das nossas expectativas.
Polêmico Rock - Como tem sido o andamento dos shows? Digo, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos.
Diego - Os shows cresceram bastante em termos quantitativos depois que lançamos nosso EP, estamos tocando bastante, inclusive participando de festivais, dentro e fora de São Paulo. Na parte da qualidade, os shows ainda pecam na parte de equipamentos e suporte por parte das casas de shows, mas estamos trabalhando em cima disso, estamos quase sempre utilizando nossos equipamentos, para melhorar a qualidade de som, o público também está comparecendo bastante e nos apoiando, estamos tendo bastante apoio com relação a isso.
Polêmico Rock - Na arte do disco temos duas máscaras ensangüentadas, escrito “Only Lies”, título do EP. Qual mensagem vocês quiseram passar?
Diego - Queremos passar a mensagem que eu descrevo na música Only Lies, sobre uma pessoa que tem duas faces, uma pessoa falsa.
Polêmico Rock - Vocês já pensam em um novo lançamento, de um EP ou mesmo um full-lenght?
Diego - Atualmente estamos em processo de composição do nosso full-lenght, com previsão de lançamento para Abril desse ano, estamos finalizando as músicas e fechando os contratos.
Polêmico Rock - Como acontece o processo de composição das músicas? Alguém em específico as compõe, ou acontece de uma forma mais natural, com a participação de todos?
Diego - No EP, o disco foi praticamente composto por mim, eu levava a músicas quase pronta, com os riffs e passava para a banda e ai trabalhávamos em cima do arranjo.
Mas atualmente estamos trabalhando todas as músicas juntos, o processo acontece normalmente quando alguém traz um riff, escutamos, avaliamos se realmente é bom e então começamos a trabalhar em cima. Essa experiência está sendo rica em questão musical, porque ao invés de uma idéia, como foi no caso do "Only Lies", temos agora quatro visões diferentes e idéias diferentes, o que é ótimo, temos mais opiniões e opções para trabalhar.
Polêmico Rock - E no âmbito das letras, quem as escreve? Como rola este processo?
Diego - Eu que escrevo as letras, onde normalmente eu começo a escrever as letras através de uma idéia inicial e conseqüentemente, trabalho em cima. Depois que trabalhamos a parte instrumental, eu começo a encaixar a letra e fazer as modificações que precisam para encaixar.
Polêmico Rock - Fale um pouco sobre a questão de ser músico no Brasil, e suas respectivas dificuldades.
Diego - As dificuldades são as mesmas que a maioria dos músicos passam. Tocar em lugares com pouca ou nenhuma estrutura, ganhar pouco ou nada para tocar, porque às vezes os donos das casas de shows acham que estão fazendo o melhor só abrindo a casa para tocarmos, mas não pensa em melhorar os equipamentos da casa, para dar um melhor suporte, além disso, temos gastos com tudo, desde a compra dos instrumentos e acessórios, para manter a banda, através de ensaios e gravações, locomoção para o show e etc.
Mas esperamos que mudasse isso, que a cabeça dos produtores e donos de casas de shows se modifiquem.
Polêmico Rock - Aproveitando a pergunta acima, como você vê o underground hoje?
Diego - Vejo como um cenário rico na parte musical, onde temos atualmente aqui no Brasil, excelentes bandas que não devem nada a nenhuma banda gringa, o público também é bastante fiel, se eles realmente gostam da banda, eles apóiam e correm atrás, isso é excelente. Vejo muita coisa boa hoje no underground e estamos vivendo uma fase muito boa, grandes bandas estão nascendo e vivendo no underground.
Polêmico Rock - Quais equipamentos vocês usam? Digo, marca de guitarra, pedaleiras, essas coisas?
Diego - Eu utilizo um Giannini modelo Rickenbacker 4001 e um Fender Jazz Bass e amplis Duo Vox, o Alex utiliza uma Jackson Flying V, uma Golden modelo Warlock e uma guitarra artesanal inspirada no modelo do Eddie Van Halen, uma pedaleira Boss e ampli Crate, o Renato utiliza uma Washburn modelo Flying V e uma guitarra artesanal que ele mesmo fez, pedal Boss Metal Zone e wah-wah Onner e caixa Laney, já nosso baterista Ricardo utiliza baterias modelo Tama e pratos Paiste e Zidjian.
Polêmico Rock - Como vocês vêem o uso da internet hoje para download de arquivos digitais? Vocês vêem isso mais como um fator positivo ou negativo?
Diego - Vemos tanto como lado positivo e negativo. É excelente pelo lado da divulgação, conseguimos ter bastante divulgação graças aos downloads, é uma maneira fácil e rápida do público conhecer a banda, ele não precisa gastar praticamente nada e tem o disco no mp3 player, então ele não corre risco de perder dinheiro se caso a banda for ruim.
Mas por outro lado a banda perde pela falta de venda dos discos, em parte, dependemos desse dinheiro para sobrevivermos, porque temos gastos para gravar e fazer o disco e por mais que você faça um bom trabalho a um preço acessível, como está sendo o nosso caso, que fizemos nosso EP de forma independente e tivemos o cuidado de fazer o disco como se fosse um mini vinil, tipo digipack, o CD com a arte prensada e colocamos a venda por cinco reais, ainda assim tem gente que prefere baixar da internet, mas isso é uma escolha da pessoa, mas o importante no geral, o que vale é a pessoa conhecer a banda e curtir!!!!
Polêmico Rock - Por favor, deixem uma mensagem para os fãs do Angry, para os adoradores do puro Thrash Metal, contato para shows, etc.
Diego - Então thrashers, queremos agradecer do fundo do nosso coração, todo apoio que vocês nos proporcionam, sem vocês não seriamos nada e não estaríamos onde estamos, um muito obrigado do Angry. E aguardem que logo teremos grandes novidades da banda e preparem-se para nosso próximo trabalho, estamos fazendo o melhor possível e esperamos que vocês curtam e agitem, da mesma forma que estamos curtindo e agitando fazendo esse disco. Nossos contatos para shows, aqui em São Paulo, pode falar comigo mesmo através do nossos e-mails: angryband@hotmail.com e bandaangry@gmail.com, ou ro.ni.038@hotmail.com.
Polêmico Rock - Agradeço a presença de vocês aqui, espero ver o Angry crescer muito, tanto em âmbito nacional quanto internacional. Horns Up!
Diego - Nós que devemos agradecer à você pelo espaço aberto para trocarmos essa idéia, realmente curtimos muito esse papo e muito obrigado pelo apoio, estamos trabalhando bastante para conquistar apoio e respeito por parte do público e crescermos!!!
Thrash ‘Till Death
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