quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Deformed Slut - Stench Of Carnage (2011)


Deformed Slut, banda responsável por um Death Metal esganiçado, puro e irrefreável, demonstra uma proposta bem sólida. "Stench Of Carnage" consegue resgatar a mesma natureza e sentimento de carnificina dos primeiros discos de Death Metal do final dos anos 80 e começo dos anos 90, elemento que vêm sido relativamente esquecido no moderno Death Metal, ou talvez não esteja sendo aplicado com tanta eficiência e insanidade quanto o Deformed Slut tem usado.


"Necrobscurity Necrophile" é a primeira faixa da canção, onde Adriano Sekne (Vocal) exibe vigorosamente seu rosnado amargo, e Alexandre (Guitarra / Baixo / Bateria programada) fica à cargo do restante da devastação sonora. Esta faixa possui momentos cadenciados entrelaçados a andamentos quebrados e arrastados. "Rotten Mutilated Devoured" possui influências que me lembram muito o disco "Tomb Of Mutilated" do Cannibal Corpse; uma canção mais trabalhada tecnicamente, com relação à faixa anterior.


"The Monstruous Monochromatism" possui andamento bem viscoso, arrastado e obscuro, com quebradeira intercalada esporadicamente ao longo da canção. "Disemboweled" começa em cadenciamento, e recaindo em porradeiro posteriormente, onde Adriano abusa do rosnado possesso e desumano. "Gun Of Annihilation", um dos pontos altos do disco, possui natureza mórbida e riffs ríspidos. A auto intitulada "Stench Of Carnage" possui um arranjo bem calculado; destaque para os harmônicos de guitarra. "Cadaveric Carcass", outra excelente canção, que exibe cadenciamento entrelaçado a momentos arrastados. Sem muitas surpresas, porém com o mesmo vigor, "Slashing Your Flesh (In Fillet)" encerra o disco com uma dualidade de momentos arrastados e quebradeiros. 


Não há muito o que dizer sobre o "Stench Of Carnage" do Deformed Slut: apenas mais um excelente disco de puro (puro mesmo!) Death Metal. Sem sombras de dúvida, este disco torna-se essencial para aqueles que curtem um Death Metal tradicional, com muitas influências da velha escola, e com uma ótima produção.


Nota: 9,5

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