A fúria do arqui-inimigo

          A música sofreu e continuará a sofrer mudanças, e como qualquer coisa que pode mudar pra melhor ou pra pior. Uma década atrás o mundo musical começou a experimentar mulheres nos vocais. Vocais, que em sua grande maioria, eram líricos, regado de guitarras distorcidas. Uma fórmula que deu certo. Como toda coisa nova que surge, há aqueles que criticam ferozmente; e quando as mulheres assumiram os vocais, não foi diferente. Mas as críticas não tiraram o mérito dessas bandas.

Angela Gossow

         Contudo, gostaria de dar destaque à Angela Gossow (Arch Enemy), que conseguiu quebrar dois paradigmas: a de uma mulher assumir o vocal, e com um vocal gutural de colocar muitos machos no chinelo.  

          O Arch Enemy, banda de Death Metal que surgiu na metade dos anos 90, contava com vocal masculino. Mais tarde, entra Angela Gossow, com os cruéis vocais guturais, que deixa qualquer ouvinte boquiaberto. O Arch Enemy também conta com excelentes instrumentistas que não deixam a peteca cair: Michael Amott, ex-guitarrista do Carcass, Christopher Amott na outra guitarra, Sharlee D`Angelo no baixo e Daniel Erlandsson na bateria.

          Alguns dizem que as bandas colocam mulheres nos vocais para fazerem sucesso, mas essa crítica acaba sendo um tanto preconceituosa, e não faz o menor sentido, pois as bandas com os vocais femininos não fariam sucesso se não tivessesm o mínimo de compromentimento com a qualidade da música. No caso do Arch Enemy, essas críticas tornam-se irrelevantes, pois a banda possui uma base sólida de instrumentistas talentosos que executam um bom Death Metal, e a Angela que vocifera nos vocais. O grupo já se tornou referência para quem procura um som pesado e conciso.