segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pirataria e o futuro da música

          Quando a música era comercializada através dos discos de vinil, e até mesmo os games através de cartuchos, não era comum ouvir falar em pirataria. Pelo menos, não aplicado à esse(s) ramo(s). Quando o famoso e compacto plástico de policarbonato (mais conhecido como Compact Disc - CD) ganhou popularidade no final dos anos 80, e no começo dos anos 90 aqui no Brasil (porém criado no começo dos anos 80) o acesso à música se tornou muito mais fácil, porém muito menos prazerosa, segundo alguns críticos.  A informação estava sendo difundida em maior velocidade e quantidade através da internet (que teve seu início nos anos 60, mas se tornou popular apenas nos anos 90) e com a música não seria diferente. As cópias dos CDs de música eram feitas em qualquer microcomputador. Aliás, ainda são, mas hoje com a popularização do MP3, até mesmo as cópias de CDs tornaram - se obsoletas. Então, a música era algo muito mais palpável, tangível, quando se trata das coleções de CDs e Vinis originais. Ainda se tratando dos "tangíveis", até mesmo aquela tonelada de CDs copiados que as pessoas carregavam de um lado pro outro, com seus Discmans, se achando as pessoas mais práticas do mundo, sem se quer imaginar que viria o MP3 alguns anos depois. A época do prazer em comprar discos, chegar em casa e conferir o encarte, estava se perdendo. A praticidade e o "não gastar dinheiro" com músicas estava ganhando espaço. Gravadoras e músicos começaram a deixar de ganhar dinheiro com o comércio ilegal de músicas. Todos estavam sendo bombardeados com propagandas para não financiar o mercado da pirataria, mas era algo inevitável. Era como se as propagandas falassem para macacos não comer bananas. O mercado musical teve de mergulhar em um período de profunda fraqueza, até encontrar métodos de se reerguer, se é que isso era possível.
          Porém, com a internet e o constante fluxo de informações, diversas ferramentas foram
criadas para a divulgação de grupos e cantores, além da internet por si só (Myspace, comunidades ou perfil de bandas no Orkut, Facebook, ou Twiter, ou mesmo sites próprios/específicos são exemplos dessas ferramentas). Consequentemente a diversidade de música e estilos de bandas se tornaram infinitamente maiores, e podendo ser escutadas dentro da sua casa, apenas com o uso do computador e internet, ou seja, sem precisar necessariamente ir à uma loja de discos.
          Mesmo sob todos esses impactos significativos para o declínio da música, e o esforço dos apreciadores da verdadeira arte da música para enxergar o "novo" ramo que este m
ercado tomara, há um questionamento a ser levantado: Por que, nos ultimos anos, houve uma ascenção na produção de CDs promocionais, CDs exclusivos para colecionadores e Vinis coloridos em 180 gr ? Será que os jovens estão apredendo, de uma forma natural, a apreciar algo além do que a simples música baixada na internet ? Essa pergunta não pode ser respondida com exatidão, mas ao que tudo indica, ainda existem apreciadores da verdadeira arte da música, e melhor do que isso: essa fatia do mercado está crescendo (novamente).
          Os discos de vinil estão voltando à ativa. As bandas além de lançarem (ou mesmo relançarem) seus albúns em formato de vinil, eles estão adotando aos formatos especiais como o vinil colorido, o de 180 gr e os "Picture Disc". Isso sem contar os CDs em formato Digipack e/ou acompanhado de DVDs.
          Se há a confecção desses produtos, é porq
ue há demanda pelos mesmos. Então, mesmo que haja somente uma produção específica para os colecionadores, este já é um ótimo começo para aqueles que não querem ver o verdadeiro sentido da música morrer.

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