segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Entrevista: Exhumed


O Polêmico Rock conversou com Matt Harvey (Guitarrista/Vocalista do Exhumed) sobre influências, sobre o próximo show no Brasil, dentre outros assuntos. Confiram a entrevista logo abaixo.


Polêmico Rock - Fala pessoal, é realmente um prazer e honra estar aqui entrevistando uma banda como o Exhumed. Quais são as expectativas em tocar no Brasil?

Matt Harvey - Nós estivemos esperando por um longo tempo para tocar no Brasil, então nós estamos loucos para fazê-lo. Nós mal podemos esperar para chegar aí e dar uma dose letal de Gore Fucking Metal! Eu também espero achar uns LP`s raros do Chakal e Sextrash enquanto estivermos aí.

Polêmico Rock - Vocês conquistaram um jeito único de fazer música, e é por isso que o Exhumed possui um importante nome dentro da cena musical. Enfim, vocês são os ícones do Gore Metal. Como você se sentem perante a este fato? Eu posso supor que seja uma grande honra para vocês, certo?

Matt Harvey - Cara, eu realmente não paro para pensar como nós somos vistos dentro da cena, ou qualquer coisa. Eu apenas tento me focar no que fazemos, e assim fazê-lo intensamente, o máximo que nós podemos. O fato é que as pessoas querem ver nossos shows. Estou realmente lisonjeado e me sinto sortudo pelas pessoas quererem escutar e apreciar o nosso barulho.

Polêmico Rock - Falando sobre influências, me diga algumas bandas ou elementos que os influenciaram.

Matt Harvey - Cara, nós passamos por tanta coisa diferente ao longo dos anos, mas resumidamente eu acredito que as coisas mais antigas da Erache, o Thrash alemão, canadense e da Bay Area, todos os Crossover dos anos 80, Powerviolence, a toda nova onda do Metal britânico (New Wave Of British Heavy Metal). Nós meio que tentamos a tocar e “esguelar” algo como o Iron Maiden faria (risos). Nós realmente pegamos influências de todos os lugares. Uma das bandas favoritas são: Napalm Death, Carcass, Terrorizer, Entombed, Carnage, Extreme Noise Terror, Death/Mantas, Possessed, Autopsy, Obituary, Massacre, Exodus, Slayer, Slaughter, Infernal Majesty, Razor, Sacrifice, Metallica, Vio-Lence, Cryptic Slaughter, Siege, Venom, Onslaught, Bolt Thrower, Infest, Deep Wound, Larm, Deep Purple, Sodom, Kreator, Protector, Godflesh, Neurosis, Coil, Killing Joke, Swans, Fear Of God (Suíça), B.G.K, D.R.I, Dismember, Forbidden, Testament, Sacrilege B.C, The Accused, Angel Witch, Diamond Head, Thin Lizzy, Blue Oyster Cult, Led Zeppelin, UFO, Tank, Raven, está tudo aí cara! E nós escutamos muitos outros tipo de música também; recentemente eu tenho apreciado muitas bandas do estilo My Bloody Valentine, The Smiths, The Chameleons, The Cure, Cocteau Twins, Catherine Wheel, Mogwai, Hammock, Joy Division, This Will Destroy You, Air, Talkdemonic, Godspeed You!, Black Emperor, Sonic Youth, Dinosaur Jr, Guided By Voices, The Flaming Lips, e toneladas de outras coisas. Eu realmente mudo de estilo no dia a dia – eu também escuto muita música country, assim como Psych/Garage Rock, Hair Metal dos anos 80, Lounge, Glam dos anos 70, Proto-Punk, Industrial, Surf Music, enfim, eu pego idéias de tudo quanto é lugar. Embora quando o Exhumed começou a compor, tudo é devidamente filtrado para manter o foco no que fazemos, e não dispersar-se em várias direções.

Polêmico Rock - O Exhumed está fazendo música desde os primórdios da década de 90. Portanto, vocês possuem experiência dentro do ramo musical. Me fale um pouco sobre as influências internas ou externas, que tenham influenciado o Exhumed de uma forma ou positiva, ou negativa, ao longo da carreira de vocês.

Matt Harvey - Cara, você sabe, há muito tempo atrás passamos por muitas coisas diferentes. Acredito que a época das fitas cassetes foi a época que realmente alimentou nosso “fogo” de início. Nosso objetivo no começo era fazermos uma ‘demo-tape’, para depois comercializá-las com as bandas. Porém, acho que a direção tomada pelo Death Metal em meados de 93/94 foi um pouco desanimador para gente. Queríamos a continuar ouvindo discos no estilo “Symphonies Of Sickness” ou “Mentally Murdered”, mas tudo foi mudando e se transformando no que é conhecido como Brutal/Technical Death Metal. Então nós meio que fomos para outros estilos, como a cena Grindcore, ou escutando um monte de coisas de Thrash Metal, o que meio que ajudou a forjar o som que nós fazemos hoje. Internamente, quando nós éramos muito jovens, nós queríamos estar afastados de tudo que estivesse a nossa volta. Nós nunca tivemos muitos equipamentos de qualidade, ou mesmo não praticávamos pra valer nossos instrumentos, digo, nunca fazíamos as lições musicais, nunca saíamos com outras bandas, ou mesmo fazia planejamentos para melhorar nosso som. Queríamos tipo surgir do nada e ser nós mesmos. Isso definitivamente tornou nosso progresso lento inicialmente, mas com vontade e determinação fomos capazes de encontrar nossa própria abordagem e abraçar todos os nossos materiais dos nossos discos favoritos e descartar o que deveria ser descartado. Nós éramos muito puristas naquela época. A nossa sorte foi ter um bom relacionamento com a Relapse Records por todos esses anos, o qual eles nos ajudaram estando conosco e nos auxiliando com muitas decisões a respeito de como estar em uma banda “real” (risos).

Polêmico Rock - Nós temos agora o “All Guts No Glory”, o último disco de vocês, que é excepcional por sinal. Como os fãs reagiram a este disco ao redor do mundo? Como foi a repercussão do disco no geral?

Matt Harvey - Parece que nós tivemos ótimas resenhas por aí, algo que é realmente novo para nós. Nossos discos ou possuem resenhas muito ruins ou resenhas muito boas, e desta vez parece que tivemos quase que somente resenhas boas, o que é muito bom. Os jovens parecem ter gostado do trabalho. Mas nós não nos focamos muito nisso quando estamos escrevendo as canções, apenas escrevemos as melhores canções que poderíamos assim como as tocar da melhor forma possível. Aconteceu de nos unirmos muito bem desta vez, o que nem sempre acontece (risos).

Polêmico Rock - A banda esteve inativa por alguns anos. Que motivo levou a isso?

Matt Harvey - Por uma série de coisas. Pessoalmente, eu acho que depois que os caras que tocaram em “Anatomy is Destiny” saíram da banda, ficou realmente difícil de manter o novo line-up da época estabilizado. Com o tempo as coisas começaram a se unir novamente, mas não havia mais aquele sentimento da época, o que acabou tornando algo realmente desanimador. Parece que eu estive fazendo turnê por muitos anos, mas tudo estava muito estagnado. Parece que nós estávamos sempre fazendo o mesmo tipo de show, e sempre pelo mesmo tipo de dinheiro, e exceto entre mim e o Wes, o line-up não estava interagindo como deveria, além de eu estar de saco cheio de Brutal Technical Death Metal. Me senti como se nós não estivéssemos mais fazendo parte da cena naquele momento, e eu estaria preparado para dar uma pausa em tudo. Eu realmente pensei que o Exhumed não faria mais nada depois disso. Mas o longo tempo nos mostrou que isso poderia fazer sentido novamente, e nós estaríamos aptos a chegar com tudo de novo facilmente e fazer um novo disco, o qual estamos realmente felizes e encorajados.

Polêmico Rock - Como acontece o processo de composição das canções, no âmbito instrumental?

Matt Harvey - Bom, quando nós decidimos fazer este último disco, eu estava morando no Havaí e Wes estava vivendo na Califórnia, então nós íamos escrever todo o material separadamente e depois trocaríamos emails com as demos um com o outro. Finalmente, foi algo muito bom começar a fazer um novo disco com ele, pois no passado, eu seria o cara que que faria 75% a 95% de um disco completo. No entanto, com o Wes ficou 50% e 50% pra cada um. Nós realmente estivemos engajados em uma boa competição, empurrando as idéias um para o outro para fazer músicas cada vez mais legais, o que tornou um processo realmente inspirador para ambos. Na verdade, nós escrevemos vinte e duas músicas, gravamos quinze, mas somente onze foram para o trabalho final. Então acabou sendo um processo prolífico e também divertido. Quando eu retornei a Califórnia, nos reunimos, fizemos os arranjos de modo a deixar tudo bem enxuto para quando fossemos para o estúdio. Este foi o nosso processo de composição – pegar o máximo que podíamos dos lugares e posteriormente deixar só o essencial; tudo de melhor, e sem mesmisse.

Polêmico Rock - No âmbito das letras, como acontece este processo de composição? Que elementos te influenciam a compor?

Matt Harvey - Antigamente eu escrevia um monte de letras e depois eu tentava em caixar nas músicas que viriam depois. Por este motivo existem muitos vocais e letras em “Anatomy is Destiny”. Então no “All Guts No Glory” eu não trabalhei em nenhuma letra até que eu tivesse um pedaço de música pronta pra eu trabalhar em cima. Realmente esta difícil de achar coisas para escrever músicas depois de todos esses anos, embora o Gore tenha se expandido tanto. Eu tento apenas pegar isoladamente o conceito singular de cada canção. Uma vez que surge uma idéia para o título da música na minha cabeça, fica mais fácil desenvolver uma canção a partir dali. Eu ainda gosto e prefiro usar meu próprio esquema de composição: com rimas, trocadilhos, frases em fracês, aforismos distorcidos e ironizados, o qual consigo me divertir escrevendo música, assim como cantá-las.

Polêmico Rock - “Garbage Daze Re-Regurgitated” é um disco de cover completamente insano. Como isso aconteceu? De quem foi a idéia de fazê-lo?

Matt Harvey - Bom, eu pensei que, uma vez que tínhamos um novo baterista no line-up, Matt Connell, esta seria uma boa maneira de aproximar o novo integrante. O Mike Beams, nosso antigo guitarrista, também estava afastado do grupo por quatro meses, desde a última etapa da turnê do “Anatomy is Destiny”. Portanto, não se encontrava preparado para gravar um novo disco. Então, eu acho que seria o melhor para os dois mundos. Eu escolhi todas as canções deste disco e as enviei a Matt Connel, então começamos a partir daí. Ele era um cara um pouco mais Brutal Death Grind, então eu queria que ele entrasse mais em sintonia com a proposta do Exhumed, o qual tem muita influência de Punk e Rock and Roll tradicional. Por isso nós fizemos uns covers que podem parecer um pouco estranhos, mas isso foi divertido. Mike já estava longe de toda a coisa que estava acontecendo para voltar, então chamei Wes e ele fez um ótimo trabalho. De qualquer forma, eu e Wes estamos muito mais “na mesma página” musicalmente falando, o que de fato acabou sendo um ponto positivo.

Polêmico Rock - Você acha que a internet é uma ferramenta que ajuda a divulgar o nome da banda, ou você acha que é algo que atrapalha o mercado musical? Me dê sua opinião de uma forma geral, e dentro do contexto do Exhumed.

Matt Harvey - Cara, eu acho que as pessoas só querem escutar música. Não importa se você procura isso em uma loja, ou em um tocador de fitas ou mesmo clicando em um botão de mouse, tudo isso é um ponto positivo para os músicos. Eu não estou nesse ramo para descobrir como ganhar dinheiro com o comércio de discos, todo dinheiro que a gente faz é na estrada, tocando nos shows, então isso não muda muito o nosso dia a dia. Acho que se seu disco é realmente legal e as pessoas acreditam no que você esta fazendo, eles irão comprar o disco, e o mais importante, irão aos shows comprar cervejas e apoiar a cena.

Polêmico Rock - Me conte alguma história bizarra ou engraçada que aconteceu com vocês durante alguma turnê. Eu posso imaginar que existem muitas histórias, afinal, estamos considerando vinte anos de carreira.

Matt Harvey - Cara, sim, existem mais do que muitas! Minha história favorita na verdade aconteceu em 2004 quando estávamos na europa em turnê com Ceplalic Carnage e Inhume. Nós estávamos no mesmo vôo de Denver para Bélgica com Cephalic Carnage. Então, começamos a festejar imediatamente. Bebemos durante todo o vôo , fomos expulsos da sala pela aeromoça, e depois quando chegamos na Bélgica nós fomos para o fundo de um bar, derramando nossas bebidas, o que acabou resultado em Mike Beams dançando em cima de uma mesa. Por fim, veio um policial e nos expulsou do bar. Isso só foi o primeiro dia da turnê.

Polêmico Rock - Por favor, deixe um recado para os fãs de Exhumed, e para aqueles que irão testemunhar essa banda matadora ao vivo.

Matt Harvey - Mal podemos esperar para chegar no Brasil e festejar com esses maníacos! Estejam preparados para um completo massacre holocausto de Gore Fucking Metal! Eu sei quem somos ...

Polêmico Rock - Muito obrigado por esta oportunidade, de poder fazer esta entrevista, eu torno a repetir: é um grande prazer e honra tê-los aqui, uma banda que eu costuma escutar quando era mais jovem (e ainda escuto), e agora ver vocês aqui em minhas páginas. Espero que vocês possam conquistar cada vez mais fãs ao redor do mundo. Muito obrigado! Horns Up!

Matt Harvey - Muito obrigado por esta entrevista e pelo apoio cara! Nós realmente apreciamos isso. Fazer trabalhos que as pessoas ainda desejam ouvir anos depois, sempre foi o nosso objetivo, portanto, muito obrigado pelas amáveis palavras! Nos veremos no Brasil dentro de poucas semanas, então prepare seu pescoço e seu fígado cara!


Polêmico Rock agradece a Matt Harvey e Bob (Relapse Records) por tornar esta entrevista possível).


Confira a entrevista em inglês abaixo:
 
Polêmico Rock - Hi guys, it`s a real pleasure and honor being here interviewing a band like Exhumed. What are the expectation to play here in Brazil?

Matt Harvey - We've been waiting a long time to play Brazil so we're very psyched about it. We can't wait to rage with all the maniacs down there and give them a lethal dose of Gore Fucking Metal! I'm also hoping to find some rare Brazilian Metal LPs from Chakal and Sextrash while we're there.

Polêmico Rock - You have established a unique way to make music, and this is why Exhumed have an important name inside the music scene. You are the icons of Gore Metal. How do you feel about that? I can suppose that it`s an honor to the band, alright?

Matt Harvey - Man, I don't really think about how we're perceived in the scene or anything, I just try to focus on doing what we do as well and intensely as we can. The fact that people want us to come play shows after all this time is really flattering and we're really lucky that people respond to the racket that we make.

Polêmico Rock - Talking about influences, tell me some bands and/or elements that have influenced you guys.

Matt Harvey - Man... We have been into so much different stuff through the years, but at the core, I think it's the early Earache stuff, the German, Bay Area and Canadian Thrash, all the crossover stuff from the 80s, Powerviolence, and New Wave Of British Heavy Metal. We kind of try and play a Sore Throat song the way that Iron Maiden would, and vice versa, (laughs)!  We really take a lot of stuff from all those places. Some of my favorites are Napalm Death, Carcass, Terrorizer, Entombed, Carnage, Extreme Noise Terror, Death/Mantas, Possessed, Autopsy, Obituary, Massacre, Exodus, Slayer, Slaughter, Infernal Majesty, Razor, Sacrifice, Metallica, Vio-Lence, Cryptic Slaughter, Siege, Venom, Onslaught, Bolt Thrower, Infest, Deep Wound, Larm, Deep Purple, Sodom, Kreator, Protector, Godflesh, Neurosis, Coil, Killing Joke, Swans, Fear Of God (Switzerland), B.G.K., D.R.I., Dismember, Forbidden, Testament, Sacrilege B.C., The Accused, Angel Witch, Diamond Head, Thin Lizzy, Blue Oyster Cult, Led Zeppelin, UFO, Tank, Raven, it's all in there man! We also listen to all kinds of other music, I'm really into stuff like My Bloody Valentine, The Smiths, The Chameleons, The Cure, Cocteau Twins, Catherine Wheel, Mogwai, Hammock, Joy Division, This Will Destroy You, Air, Talkdemonic, Godspeed You!, Black Emperor, Sonic Youth, Dinosaur Jr, Guided By Voices, The Flaming Lips, and tons of other stuff. It really changes from day to day – I listen to a lot of vintage outlaw country music too, as well as psych / garage rock, 80's hair metal, lounge, 70's glam and proto-punk, industrial, surf music, so really I get ideas from anywhere and everywhere. When Exhumed starts playing though, it all gets filtered through that so that we keep the band's sound really focused and not veering off into too many different directions.

Polêmico Rock - Exhumed is making music since in the beginning of 90`s decade. So, you have experience inside the music market, tell me about internals and externals factors that have influenced in a good way or bad way through all this years, on the career`s band.

Matt Harvey - Man, you know it's been a long time through a lot of different things. I think the tape-trading scene back in the early 90's was really what fueled our fire at first. Our whole goal starting out was to make a demo so we could start trading demos in the mail with other bands. I think the direction of Death Metal around '93/'94 was really discouraging to us though. We wanted to continue hearing more records like “Symphonies Of Sickness” and “Mentally Murdered”, and everything was kind of changing and turning towards more “brutal / technical death metal” as it's come to be known. So we kind of turned elsewhere and really got into the Goregrind scene and started to listen to a lot of thrash metal, which kind of helped forge what has become our sound. Internally, I think when we were really young, we wanted to be totally separate from everything around us – we never got into owning a lot of good equipment or even really practicing our instruments, we never took lessons, we never hung out with other bands too much and looked into getting better sounds or anything. We wanted to kind of emerge from out of nowhere and be our own thing. That definitely caused our progress to be really slow at first, but we definitely had the will and determination to figure out our own approach and kind of pick and choose all the stuff from our favorite records to embrace, and what to discard. We were very much purists in those days. Through the years, we've been lucky to have a good relationship with Relapse Records who have stuck with us and helped us take some cool steps that are sort of like being in a “real band”, haha!

Polêmico Rock - We have now “All Guts No Glory”, the last exceptional full length of this killer band. How the fans reacted to this last record around the world? How it was the repercussion of this record in general?

Matt Harvey - It's seemed to get really great reviews, which is kind of new for us. Usually our records have gotten either pretty good reviews or really terrible reviews, and this one seems to have gotten almost only good reviews, which is nice. The kids seem to like it as well, which is nice. We didn't really put too much though into it when we were writing the songs, we just tried to write the best songs we could and play them as well as we could. It happened to come together pretty nicely, which hasn't always been the case for our records, haha!

Polêmico Rock - The band was inactive for some years. Why did it happens?

Matt Harvey - It was just such a combination of things... I think for me personally, after the guys from “Anatomy Is Destiny” left the band we had a hard time kind of getting a really stable line-up together and to gel correctly. By the time things were starting to coalesce, it had been such a long and discouraging process, it didn't feel the same. I also felt like we had been touring consistently for a few years and everything seemed to have stagnated. We seemed to be always playing the same kinds of shows, for the same kind of money, and aside from myself and Wes, the line-up just wasn't coming together and I was really sick of brutal, technical Death Metal. I felt like we didn't really fit in in the scene at all at that time and was just ready to take a break from it all. I really never thought that Exhumed would do anything more after that split, but eventually the timing just seemed to kind of make sense and we were able to get things rolling pretty easily and make a record we were actually happy with, so it's been encouraging.

Polêmico Rock - How it happens the composition process of the songs, in terms of instrumental?

Matt Harvey - Well, when we decided to do this record, I was living in Hawaii and Wes was living in California, so we just would write separately and then email demos back and forth to each other. It was really great finally getting to write a record with him, because in the past, I would be the one coming up with 75/90% of the riffs and song ideas, and with Wes, we split the songwriting 50/50. We kind of ended up pushing each other to write better and better songs and really inspired each other. We actually wrote 22 songs, recorded 15, and ended up with 11 on the final record. So it was a very prolific process that was a lot of fun. When I got back to California, we got together and tweaked the arrangements a bit to get everything lean and mean before we got into the studio. That was kind of the approach – to take as much away as we could until everything left was just the essentials – all killer, no filler.

Polêmico Rock - How it happens the composition process of the lyrics? What influence you to compose?

Matt Harvey - Well, I used to write a lot of lyrics first and then try and fit them to the songs we'd come up with, and that's why there were way too many lyrics and vocals on “Anatomy...”, so for this one, I didn't write anything until I had a finished piece of music to work with. It does get tough finding things to write about after all these years as far as gore goes though. I tried to just take each song as its own stand-alone concept. Usually once I get a title in my head, it's easier to come up with a lyric or a theme and it kind of grows from there. I still like to use my little rhyme schemes, puns, french phrases and bastardized aphorisms that keep me entertained writing and singing the lyrics though.

Polêmico Rock - “Garbage Daze Re-Regurgitated” is a insane cover record. How did it happens? Who have the idea to make this?

Matt Harvey - Well, I thought that since we had a new drummer at the time, Matt Connell, it might be a good way to kind of “break in” the new line-up. Also, Mike Beams, our old guitarist was really burnt out from the last leg of the “Anatomy...” tour, which was about four months long. He wasn't ready to start working on new stuff yet, so I thought it would be the best of both worlds. I picked out all the songs and demoed them to send to Matt (Connell) and we took it from there. He was a bit more of a brutal death/grind guy, so I wanted to kind of get him more in tune with the Exhumed perspective, which has a lot of punk and traditional rock and roll influence. That was why we did some covers that might seem a little odd, but it was fun. Mike ended up just being too burnt out on the whole thing to come back, so he quit after I was already halfway through recording the record, so I recruited Wes to step in and he did a great job. Wes and I are a lot more on the same page musically anyway, so that was a positive step in the long run.

Polêmico Rock - Do you think that the internet is a tool that helps to spread out some band`s name, or do you think its still disturbing the music market? Tell me about that in general, and inside the context of Exhumed band.

Matt Harvey - Man, I think that people just want to hear music, and whether you get it at a store, on a hand-dubbed cassette or by clicking a button on a mouse, it's all positive for musicians. I'm not here to figure out how to make money on record sales, any money we've ever made has always been by playing live and being on the road, so it doesn't change things too much for us day to day. I think that if your record is good and people really believe in what you're doing, they'll buy the album and more importantly, come to the show and buy you a beer and support the scene.

Polêmico Rock - Tell me some bizarre/funny moment when you were touring. I can imagine that there are a lot of stories; after all, we are talking about 20 years of career …

Matt Harvey - Oh dude... There are way too many!  My favorite was actually the 2004 tour we did in Europe with Cephalic Carnage and Inhume. We were on the same flight from Denver to Belgium with Cephalic Carnage so we started partying immediately. We drank the whole flight over, got kicked out of the back lounge by the stewardesses, and then when we got to Belgium, we went straight to the hotel bar, where we ended up behind the bar pouring our own drinks until Mike Beams ended up on top of a table and a cop came in and kicked us out of the bar. And that was just the first day of the tour...

Polêmico Rock - Please, leave some message for the Exhumed fans, and for those who will witness this killer band in a live concert.

Matt Harvey - We can't fuckin' wait to get down to Brazil and party with you maniacs!  Get ready for a full-on onslaught of Gore Fucking Metal and a total autopsy holocaust doss! I know we are...

Polêmico Rock - Thanks a lot for this opportunity, to make this interview, and I will say that again: it’s a pleasure and honor have you here, a band that I used to listen (and I listen until now a days) when I was younger, and now, have you here in my pages. I hope you can conquer more and more fans around the world, just thanks! Horns Up!

Matt Harvey - Thanks so much for the interview and the support man!  We really do appreciate it. To make records that people actually still want to listen to years later has always been our goal, so thanks for the kind words!  We'll see you in Brazil in a few short weeks now!  Prepare your neck and your liver, dude!


Polêmico Rock thanks Matt Harvey and Bob (Relapse Records) to make this interview possible.

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