Deicide - To Hell With God (2011)

O Deicide, juntamente com grandes nomes do Metal Extremo, foi um dos pioneiros do estilo batizado de Death Metal, e grande influência para outros artistas que viriam depois. O Deicide mantém sua mesma proposta desde seu primeiro álbum (Deicide - Deicide (1988)), que é a crítica à tudo que se diz respeito à igreja e a fé cristã. Mas para quem acha que se trata de mais um álbum de Death Metal, esta enganado. Geln Benton e companhia sempre conseguiram criar uma atmosfera diferente em cada álbum lançado, e em "To Hell With God" é possível perceber uma atmosfera bem diferente dos outros álbuns. É valido lembrar que, desde o "Scars Of The Crucifix", o Deicide têm incorporado elementos instrumentais mais melódicos. Mas o propósito, desde 22 anos atrás, continua o mesmo. Enfim, confira a resenha abaixo deste belíssimo álbum, "To Hell With God" !

Faixa 1 - To Hell With God - A música começa com com um Riff pausado, e a virada da bateria de Steve Asheim, já deixa a marca registrada do Deicide arquivada. As vozes sobrepostas de Glen Benton, é outro elemento padrão do Deicide. "To Hell With God" é o tipo de canção que o refrão fica grudado na sua cabeça, talvez pela presença marcante da melodia. Os solos das guitarras de Jack Owen e Kevin Querion também demonstram agilidade e uma linha melódica bem interessante no meio, e no final da canção. Um excelente começo de álbum.

Faixa 2 - Save Your - "Save Your" é uma música mais perturbadora, bem na linha de "Homage For Satan" ou "Fuck Your God". As palhetadas constantes em um Riff de guitarra acompanhada por uma bateria bem cadenciada marcam a canção. Destaque para o solo de guitarra, que mantém um ritmo bem sincronizado com o ritmo da canção.

Faixa 3 - Witness Of Death - Esta canção lembra vagamente alguns elementos do álbum "In Torment In Hell", mas eu diria que se trata de algo realmente muito novo. O Riff de guitarra acompanhado de palhetadas e slides muito bem executados, e os vocais de Glen Benton fazem com que esta seja uma música simplesmente viciante. O sweep encontrado no solo de guitarra no meio da música lembra um pouco do solo da música "Desecration".

Faixa 4 - Conviction - A quarta faixa do álbum possui um andamento mais arrastado, e Riffs mais ritmados. Os pratos da bateria acompanham a mudança de cada nota na guitarra em determinados momentos da música, o que deixa uma atmosfera bem interessante. Os solos de guitarra não deixam a peteca cair, mostrando muita maturidade na composição.

Faixa 5 - Empowered By Blasphemy - Uma canção belíssima, pois se trata de algo nunca visto antes em nenhum álbum do Deicide: as mudanças de vocal logo no começo da música, o que Glen geralmente só faz ao vivo, pois não há como sobrepor suas duas vozes ao vivo. Aqui, ele muda sua tonalidade de voz três vezes. Os solos de guitarra lembram um pouco as linhas de solos de guitarra do álbum "Till Us Death Do Us Part"

Faixa 6 - Angels In Hell - A canção começa com um belíssimo solo de guitarra logo de cara, e possui um andamento mais Thrash. O Riff de guitarra lembra um pouco a canção "Oblivious To Evil", do primeiro álbum. O vociferamento da voz de Glen Benton com o solo de guitarra encontrado no meio da música, enpancam os ouvidos de qualquer ouvinte. Simplesmente uma excelente canção.

Faixa 7 - Hang In Agony Until You`re Dead - Música muito bem sincronizada, que impressiona o ouvinte a cada mudança de ritmo. Uma música bem extensa (4:00), para os padrões do Deicide. 

Faixa 8 - Servant Of The Enemy - Uma bateria com andamento bem quebrado, e uns dedilhados na guitarra distorcida, constituem a introdução da canção. Alguns elementos aqui, lembram o álbum "Serpents Of The Light".

Faixa 9 - Into The Darkness You Go - Um Riff mais ritmado, andamento mais arrastado,e uma textura mais orgânica constituem esta nona canção. A melodia do vocal de Glen Benton também cria uma atmosfera mais sombria.

Faixa 10 - How Can You Call Yourself A God - Uma excelente canção de desfecho, que começa com um solo de guitarra bem elaborado, melódico e extenso, e recaindo em um ritmo bem extremo. O ritmo de bateria conduzido por Steve Asheim ultrapassa o extremismo. Logo em seguida, mas um belo solo de guitarra, resumindo todo o amadurecimento do Deicide neste âmbito. Glen repete a frase "How Can You Call Yourself A God" com todo o ódio, ódio o qual ele pronuncia por 22 anos de carreira, juntamente com as vozes sobrepostas, que dão o verdadeiro entendimento de um demônio estar ali presente e cantando junto à ele. Então, um terceiro solo de guitarra encerra este belíssimo álbum.

Mais uma grande obra prima. Vida longa ao Deicide!

Nota: 9,5